
Quando analisado por faixa etária, os adultos entre 35 e 59 anos são os mais pressionados, com 71% declarando endividamento, contra 63% de quem tem entre 16 e 34 anos e 53% entre pessoas com 60 anos ou mais.
Enquanto 69% das famílias que ganham até dois salários mínimos, ou sejam na camada mais pobre, estão com dívidas, esse percentual cai para 57% entre quem recebe mais de cinco salários por mês. Pessoas com ensino fundamental têm níveis similares aos de quem possui ensino superior quando se trata de muitas dívidas, 32%.
Dos católicos, 37% apontam não ter dívidas, frente a 31% dos evangélicos que estão na mesma condição.
A situação, claro, se traduz na aprovação do governo: 38% dos que não tem dívidas aprovam o governo Lula diante dos 31% desse grupo que o desaprovam. Enquanto isso, 37% dos que tem muitas dívidas desaprovam o governo, mas apenas 26% nessa condição o aprovam.
Regionalmente, o Nordeste apresenta o maior número de pessoas com muitas dívidas (34%), enquanto o Sul tem o menor (25%).
Estratégias para lidar com as dívidas
Entre os endividados, as principais estratégias para enfrentar o problema são: fazer bicos (28%), realizar horas extras (26%), cortar despesas (21%) e tomar novos empréstimos bancários (3%). Entre as opções que tiveram 1% estão buscar um empréstimo consignado (o governo lançou novo programa para oferecer crédito mais barato para a troca de dívida), tomar um novo empréstimo com parentes e vender bens.
