A atuação investigativa da Polícia Civil do Tocantins, por meio da 16ª Delegacia de São Miguel do Tocantins, foi determinante para que dois homens fossem condenados por um crime de homicídio e duas tentativas de homicídios, ocorrido em 2021, no município.
O jovem Adriano Silva Conceição, de 22 anos, foi morto a tiros, na madrugada de 24 de julho de 2021, no Povoado Bela Vista. Outros dois jovens, amigos de Adriano, também estavam no local, foram alvejados, mas sobreviveram.
As investigações apontaram como autores dos crimes, L.C.L, de 26 anos, e M.G.S., de 25 anos, sendo que o primeiro foi condenado a uma pena de 23 anos e quatro meses de reclusão, e o segundo a uma pena de sete anos de prisão.
As sentenças de L.C.L e M.G.S. foram lidas ao término da sessão do Tribunal do Júri da Vara Criminal da Comarca de Itaguatins, já no final da noite da última segunda-feira, 17, quando a juíza de direito que conduzia o julgamento fixou a pena aplicada em desfavor dos dois homens após ficar provada, durante as investigações da 16ª DP, que de fato, os dois homens foram os autores do ataque praticado contra Adriano e seus dois amigos.
O crime
O delegado Antônio Bandeira, responsável por investigar o caso, destaca que as vítimas estavam em um bar, localizado no Povoado Bela Vista, onde confraternizavam e ingeriam bebidas. No mesmo local, outros três homens, que viriam a ser os autores, ocupavam outra mesa do estabelecimento.
“Em determinado momento, L.C.L. se dirigiu a uma das vítimas e questionou o porquê de ela estar olhando para ele, ao que a vítima respondeu que não estava olhando para ninguém. Porém, minutos depois, o autor e seus comparsas se reuniram do lado de fora do estabelecimento e aguardaram as vítimas saírem do local”, ressalta a autoridade policial.
Nesse momento, o autor M.G.S. chegou com uma arma de fogo, a qual entregou a L.C.L., que então perseguiu os três jovens, mandando-os parar. Como não foi atendido, ele efetuou cinco disparos que atingiram fatalmente Adriano Conceição na nuca. Outra vítima levou um tiro no braço, mas sobreviveu e a terceira vítima não chegou a ser atingida.
Motivação
No decorrer dos trabalhos investigativos, os policiais civis da 16ª DP descobriram que o crime foi motivado em razão de os autores terem se incomodado com o fato de que uma das vítimas estaria olhando na direção dos mesmo. Desse modo, os autores, pensando que se tratava de integrantes de uma facção criminosa rival, decidiram matar as três vítimas que apenas se divertiam no bar.
Com o aprofundamento dos trabalhos investigativos, a equipe da 16ª DP identificou os autores e representou pela prisão dos mesmos, sendo que M.G.S., foi capturado, no dia 2 de fevereiro de 2022. No julgamento, os jurados do Conselho de Sentença reconheceram todas as teses elencadas pelo Ministério Público, com base nas investigações da Polícia Civil, e votaram pela condenação de L.C.L., a 23 anos e quatro meses de prisão e M.G.S, a sete anos de prisão, porém, como este último já se encontrava preso desde fevereiro de 2022, ele obteve ao direito de cumprir o restante da pena em regime aberto.
O terceiro envolvido foi absolvido pelos jurados, que entenderam não haver provas suficientes.Para o delegado Antônio Bandeira, a condenação dos autores é o reconhecimento do bom trabalho realizado pela Polícia Civil, o qual subsidiou a denúncia feita pelo Ministério Público, o qual por sua vez, reconheceu todas as qualificadoras elencadas, incluindo motivo e impossibilidade de defesa das vítimas.
“Recebemos com muita satisfação o resultado do julgamento desses indivíduos, que de maneira cruel e sem motivação aparente, ceifaram a vida de um jovem, e tentaram contra as vidas de outros dois apenas por supor que eles pudessem fazer parte de uma facção criminosa rival.
Nesse sentido, a atuação da Polícia Civil do Tocantins, através de um competente trabalho investigativo, restabeleceu a verdade dos fatos e forneceu indícios claros e robustos que foram acatados pelo Ministério Público na denúncia que fez contra os acusados, resultando nas condenações dos mesmos”, conclui o delegado Bandeira.
Rogério de Oliveira/Governo do Tocantins
(SECOM)
