Em um curto intervalo de duas semanas, duas importantes marcas instaladas no mercado brasileiro reforçaram o compromisso com investimentos e a produção de modelos híbridos para o mercado local. Além da Volkswagen e da General Motors, a Stellantis já havia anunciado ao longo do ano passado a produção de carros que mesclam a motorização a combustão com assistência elétrica. Na mesma linha está a Toyota, que já há quatro anos oferece esse tipo de produto no nosso mercado além da GWM. Mas quais são os próximos planos das marcas instaladas por aqui para ampliar o alcance dos carros híbridos?
Volkswagen
A Volkswagen deverá lançar o primeiro modelo híbrido Flex no mercado brasileiro já no final deste ano. Trata-se de um SUV inédito que terá 5 e 7 lugares usando a nova plataforma MQB Hybrid. Terá o motor 1.5 TSI Evo2, com sistema de desligamento de cilindros e sistema híbrido plug in com potência de 204 ou 272cv ou mesmo sistema híbrido puro (sem abastecimento externo) na faixa de 204cv ou mesmo sistema híbrido leve com auxílio de um pequeno motor gerador.
Além destes SUVS, a picape compacta da Volkswagen também deverá ter assistência híbrida, solução que deve chegar depois aos carros que conhecemos como T-Cross, Nivus, Taos enquanto Polo e o novo Gol (SUV) devem estrear com sistema híbrido leve.
General Motors
Ao anunciar um investimento na faixa de R$ 7 bilhões de reais, a General Motors não deu muitos detalhes sobre os futuros carros híbridos e não anunciou nenhuma nova plataforma para estas novidades. Tudo indica que a GM irá usar o investimento para tornar carros como Tracker, Montana e até o Chevrolet Onix e Onix plus híbridos, ao menos com sistema “leve” sem bateria de grande porte, capaz de assistir o motor turbo a combustão ajudando a reduzir consumo e emissões.
A GM oferece esse sistema no sedã Monza na China e no México. Esse carro usa outra plataforma mas seu motor 1.2 turbo é da família Ecotec produzida aqui no Brasil e assim, podemos projetar que uma solução parecida será adotada no futuro pela GM.
Stellantis (Jeep, Fiat, Peugeot, Citroën e RAM)
Com suas cinco marcas, a Stellantis deverá acelerar o processo de unificação da motorização oferecida nos modelos fabricados no Brasil, especialmente Pernambuco. A plataforma Bio-Hybrid que associa a eletrificação com o motor flex e a etanol é baseada na small wide.
Devemos ter em breve os primeiros modelos mais caros da Jeep (Commander) e RAM (Rampage) com motorização híbrida produzidos localmente. A mesma solução deverá ser aplicada ao Compass e ao Renegade.
A Fiat também deverá usar a unidade de Porto Real para produzir a nova geração do Jeep Avenger com tecnologia híbrida enquanto na unidade de Betim devem vir os modelos híbridos leves.
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GWM
A Great Wall Motors inverteu a prioridade e está concentrada na produção nacionalizada do SUV Haval H6, tanto nas versões híbrida quanto híbrida plugin. Inicialmente, GWM iria produzir sua picape Poer com motor híbrido na unidade de Iracemápolis/SP, mas o sucesso do Haval e a necessidade de fugir do aumento de impostos anunciado pelo governo já a partir deste ano, fez o grupo chinês mudar de opinião.
Toyota
A tradicional fabricante japonesa irá produzir mais um SUV híbrido em Sorocaba/SP. o Yaris Cross será anunciado até o final do ano com tecnologia híbrida flex semelhante ao oferecida no Corolla Cross e no Corolla sedã que seguirão produzidos normalmente na unidade.
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