“Redes sociais! É muito difícil remar contra a maré e não ter contas nas tais redes. Então, que saibamos usar com racionalidade, pois lugar nenhum é 100% seguro”, disse o palestrante especialista em Gestão Estratégica de Segurança Institucional, Claudemir Pantaleão Câmara.
Instagram é imagem. Até provar que não foi você quem disse, já foi. E a retratação é muito menor que a publicação. Então, tem que proteger as redes sociais, pois o que mais têm são contas roubadas em que são publicados inúmeros posts que não condizem com o perfil do dono, destacou o Mestre em Operações Militares, especialista em Inteligência Militar, Marco Antônio Martins Santos.
Os alertas sobre cuidados nas redes sociais foram pontuados pelos palestrantes especialistas em segurança, Claudemir Pantaleão Câmara e Marco Antônio Martins Santos durante o curso “Medidas de Segurança Institucional para Magistrados do TJTO”, realizado nesta quinta-feira (6/6), no auditório do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO). A abertura foi conduzida pelo presidente da Comissão Permanente de Segurança Institucional (Copesi), desembargador Pedro Nelson de Miranda Coutinho, que, na ocasião, apresentou toda a estrutura e equipe do Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional (NIS), e estendeu ainda agradecimentos aos representantes da Assessoria Militar (Asmil-TJTO) pela contribuição à segurança institucional prestada à Casa de Justiça.
A capacitação é uma iniciativa do Poder Judiciário do Tocantins (PJTO), por meio da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat) e tem como objetivo apresentar medidas de segurança para aplicação na rotina diária dos magistrados(as), com apresentação de casos hipotéticos e explicações sobre a aplicação destas medidas. Dividida em dois momentos, sendo, o primeiro mais voltado para a segurança preventiva foi apresentado pelo palestrante Claudemir Pantaleão Câmara e a segunda palestra ministrada por Marco Antônio Martins Santo, teve enfoque nos crimes cibernéticos.
Dicas e recomendações de como se comportar para uma melhor segurança pessoal; medidas de segurança em redes sociais; utilização de serviços de mensagens (Whatsapp, Signal, Telegram); atividade em gabinete (escutas e filmagens ambientais, recebimento de pacotes, chaves, limpeza, isolamento acústico); recebimento de visitas e de grupo de manifestantes no gabinete; seleção de pessoal para funções sensíveis (assessoria); tratamento do lixo do gabinete e residencial; procedimentos de segurança em audiências públicas; procedimentos de segurança em viagens a serviço; relacionamento com a sociedade; proteção contra engenharia social (técnica de manipulação que explora erros humanos afim de obter informações privadas) foram temas abordados na primeira apresentação.
“Qual o melhor alvo da engenharia social? Todos nós? Então, engenharia social é a arte de manipular pessoas para conseguir informações, é basicamente, um lobo na pele de cordeiro. Lembram desses golpes aplicados através de aparelhos celulares, onde mais vemos técnicas de engenharia social. Mandam mensagens com informações utilizando a principal ferramenta, a confiança. Quando eu mando um e-mail pra alguém, a ferramenta é a confiança. A pessoas e diz o que ela não é para que obtenha informações e acessos e nesse ponto crítico de sistema de segurança, o ponto fraco é o homem e é nisso que eles atuam, num sistema que tenha um homem atuando”, elucidou Câmara.
Na sequência, o Marco Antônio Martins Santos, mostrou na prática técnicas para tornar as contas das redes mais seguras a ativação do Múltiplo Fator de Autenticação (MFA), ou seja, a confirmação em duas etapas, uma proteção a mais que visa dificultar o acesso não autorizado no caso de perda ou roubo.